Saimos de Arica as 21 horas, num onibus meia boca da Pullman bus. Mal comecamos a dormir e tivemos que sair do busao, por causa da aduana... um frio do caramba, os caras revistam sua bolsa, conferem seus documentos e tal, sempre atras de muamba. Umas meninas peruanas perderam uns dvds piratas que tinham comprado, mas de resto ninguem teve problema. O que mais chamou a atencao foi o bingo promovido pela empresa. Dá pra se distrair um pouco enquanto corre o risco de ganhar a passagem de volta ( pra que eu vou querer uma passagem de volta?) O onibus atravessou o deserto ate as 6 da manha, quando chegamos em Calama (ainda no Chile). Cidade grande, organizada. Chamou a atencao o fato das casas terem apenas um eternit vagabundo como telhado, mesmo as mais bonitas. Nao deve chover muito por aqui. O onibus da pullman nao pára em rodoviaria, e sim num shopping gigante, onde a empresa tem a sua sede. Tivemos que ficar esperando o proximo onibus ate as 9 horas, deitados no shopping mesmo... o Xande ate conseguiu pegar no sono. Enquanto esperavamos conhecemos dois paraguaios gente boa que estavam retornando pra casa tambem, o Gustavo e o Mazinho. Os caras vão todos os meses para Iquique comprar carro. Mostraram-me algumas fotos dos carros, que pagam entre 3000 e 5000 dolares ( ridiculo de barato, carros da toyota, que no Brasil nao se paga menos de 30 mil reais). A espera pelo prximo onibus valeu a pena... era um double deck, muito confortavel, e vazio. Tinha apenas umas vinte pessoas, entao deu pra dormir e descansar legal. Assistimos uns 5 filmes, tudo em ingles com legenda em espanhol, meio complicado de entender mas ta valendo. Passamos por San Pedro de Atacama, que parece uma cidade de faroeste, bem no meio do deserto. Do onibus pudemos ver os salares, o vale da lua, algumas lagunas. Foi uma pena nao poder parar, mas fazer o que, fica pro proximo mochilao. Passamos a fiscalizacao chilena e subimos a cordilheira. O motora disse que a estrada chega a quase 5000 metros de altura. Ate deu uma pressao e falta de ar, mas coisa pouca comparando com o Chacaltaya. Descendo um pouco passamos pela fiscalizacao argentina, na provincia de Jujuy (nao lembro o nome do lugar). Continuamos no deserto, passamos por Jujuy e chegamos em Salta as 21 horas... muito cansados!!
Arrumamos um hostel na rodoviaria mesmo, com um argentino chamado Gustavo. O hostel ficava proximo da Plaza, chamava-se Catedral, era bonito pra caramba, num casarao antigo. Pagamos 70 pesos para dois ( meio caro mas valeu a pena). Ganhamos o transporte da rodoviaria ate la. Mal entramos no hostel e ja saimos para jantar, junto com os dois brothers paraguaios e o dono do hostel. Fomos a uma churrascaria e comemos pra caramba, bebendo Quilmes e Salta, as cervejas mais conhecidas por la. Levamos sorte que os paraguaios fizeram questao de pagar la cuenta, que deu em torno de 170 pesos!! ( Ainda bem porque estamos meio fudidos de grana e com o cartao estourando). Depois fomos ate a Plaza principal, lugar bonito pra caramba, com predios antigos bem iluminados, e em seguida em direcao a rua das baladas, sempre parando pra tomar umas cervejas. Percorremos algumas festas, entramos em uma pagando 20 pesos de consumacao. Foi a pior de todas, muita gente e calor. Valeu a pena porque escutamos "a danca do vampiro"!! Hehe. Os argentinos cantam ela inteira, devem gostar pra caramba!! Terminamos numa outra balada maneira ( os paraguaios têm as fotos, quando me mandarem eu posto), e chegamos no hostel as 5, borrachos pra caramba!!! Mais uma coisa!! Deu pra lembrar de Arequipa!! Aqui as mulheres sao bonitas pra caramba e muito elegantes!!
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